Poema a José Afonso
Bendito seja o pão
Bendito seja a dor
Benditas as portas do amor
José Afonso, “Benditos”, in Galinhas do Mato
Elevo os teus cabelos à categoria de cidade
– a Cidade Utópica! De Cirene
as ruas e avenidas são os partos da amargura
pelo vento irmanado de Jerusalém,
no teu ventre de Menino. Istambul
sedutor das cabras montanhosas:
Onde e quem
nossa morte
a Sul.
José Carlos Pereira
in Vertentes Da Mesma Luz (1992)