Reedição da obra de José Afonso em 2012
Os onze álbuns do cantautor português José Afonso começam a ser reeditados a partir de segunda-feira com o lançamento de “Cantares de Andarilho” (1968) e “Contos velhos, rumos novos” (1969), os dois primeiros registos do músico.
A editora Orfeu vai reeditar, ao longo dos próximos doze meses, todos os álbuns de José Afonso publicados entre 1968 e 1981, assinalando desta forma os 25 anos da morte do compositor.
Os onze álbuns foram restaurados e remasterizados digitalmente, pelo engenheiro de som António Pinheiro da Silva, e a edição conta com novos textos que contextualizam o momento em que foram feitos no percurso de José Afonso.
Antes de gravar “Cantares de Andarilho”, em Lisboa, José Afonso gravou vários EP de baladas em Coimbra, onde estudou e se tornou num dos nomes da canção da cidade, viveu e deu aulas em Moçambique, país na altura em convulsão e onde disse ter vivido o “batismo político”.
Sem recorrer à guitarra portuguesa, e sem formação musical, José Afonso gravou “Cantares de Andarilho” com a colaboração do guitarrista Rui Pato, que o acompanharia também em várias atuações ao vivo.
O álbum, que inclui um texto de apresentação do escritor Urbano Tavares Rodrigues, tem no alinhamento temas como “Natal dos Simples”, “Canção de embalar”, “Senhora do Almortão” e “Vejam bem”, pensado originalmente para concorrer ao festival da canção de 1967.
Como o contrato com a Orfeu e com o editor Arnaldo Trindade estipulava a edição de um disco novo por ano, José Afonso editou em 1969 “Contos velhos, rumos novos”, o álbum em que se denota a influência de África e da tradição popular portuguesa.
Com Rui Pato à viola, José Afonso, então com 40 anos, acrescentou outros instrumentos, como o bombo e a harmónica, ampliando a riqueza musical das canções.
Do álbum fazem parte “Bailia”, “S. Macaio”, “Qualquer dia” e “A cidade”, canção feita com José Carlos Ary dos Santos.
De acordo com o plano editorial da Orfeu, na segunda quinzena de maio sairão “Traz outro amigo também” (1970), “Cantigas do Maio” (1971) e “Eu vou ser como a toupeira” (1972).
Durante o mês de outubro está previsto o lançamento de “Venham mais cinco” (1973), “Coro dos tribunais” (1974) e “Com as minhas tamanquinhas” (1976).
Entre março e abril de 2013, serão editados os últimos três álbuns: “Enquanto há força” (1978), “Fura fura” (1979) e “Fados de Coimbra” (1981).
José Afonso morreu a 23 de fevereiro de 1987, aos 57 anos, vítima de esclerose lateral amiotrófica.
É bom, é bom. Resta esperar, para ver e…comprar!
Afinal, os CD’s não foram postos à venda na data anunciada. De acordo com as informações da FNAC, em Lisboa, só serão postos à venda no dia 16 de Abril. O costume: é Portugal, nada parece mal…
Os CDs estão bonitos, mas as capas ainda não são as originais. O costume…
Olá! Cheguei cá porque soube há pouco que restauraram os onze discos de José Afonso. Sou un galego que atualmente vive em Madrid e ando a procurá-los, mas é-me impossível atopá-los. Sempre foi a banda sonora da minha vida e sempre esteve de fundo em momentos muito importantes nela. Preguntava-me se alguém que os tenha poderia digitalizá-los e compartilhá-los comigo. Deixo aqui o meu correio eletrónico se a alguém lhe parez bem. Desculpem se tenho alguma gralha na escrita. Obrigado.